Mangas verdes com sal
sabor longínquo, sabor acre
da infância a canivete repartida
no largo semicírculo da amizade.
Sabor lento, alegria reconstituída
no instante desprevenido,
na maré-baixa,
no minuto da suprema humilhação.
Sabor insinuante que retorna devagar
ao palato amargo,
à boca ardida,
à crista do tempo,
ao meio da vida.
sabor longínquo, sabor acre
da infância a canivete repartida
no largo semicírculo da amizade.
Sabor lento, alegria reconstituída
no instante desprevenido,
na maré-baixa,
no minuto da suprema humilhação.
Sabor insinuante que retorna devagar
ao palato amargo,
à boca ardida,
à crista do tempo,
ao meio da vida.
Rui Knopfli
Já não bastava serem verdes, ainda juntaram sal às mangas. Ninguém merece... A Guida a homenagear os poetas da sua terra. Saudades que doem?
ResponderExcluirBeijinhos
Ruthia d'O Berço do Mundo
Não há moçambicano que não tenha comido mangas verdes com sal. Deliciosas minha querida.
ResponderExcluirE o sabor acre, mantem-se presente e vivo na memória, apesar de tão longínquo no tempo.
Obrigada minha querida por continuares a visitar o meu blog (ao qual, ultimamente, não tenho dado muita atenção) e deixares sempre uma palavrinha.
Um beijinho para ti.