A trasladação do corpo de Sophia para o Panteão Nacional realiza-se hoje, no 10º aniversário da sua morte.
Quando o meu corpo apodrecer e eu for morta
Continuará o jardim, o céu e o mar,
E como hoje igualmente hão-de bailar
As quatro estações à minha porta.
Outros em Abril passarão no pomar
Em que eu tantas vezes passei,
Haverá longos poentes sobre o mar,
Outros amarão as coisas que eu amei.
Será o mesmo brilho a mesma festa,
Será o mesmo jardim à minha porta,
E os cabelos doirados da floresta,
Como se eu não estivesse morta.
Sophia de Mello Breyner Andresen
coincidências. ontem (antes de aqui vir) encontrei este poema no meu tasco e deliciei-me com ele. e pensei que teria sido óptimo para postá-lo no dia da "panteazição" de Sophia
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