que nem o teu desespero
nas tardes frias de chuva
nem essas mãos a tremer
sobre as cartas que escrevi
nem os plátanos
que te deixam no outono
nem a vigília do inferno
nem a indolência do céu
nem a dor da madrugada
nem dúvidas
sobre o que nasce
certezas
sobre o que morre
nem memórias, por mais doces,
nem absolutamente nada
meu amor te dê a dúvida
de que te pertenço e fico
para lá do fim da noite
e que até no tempo infindo
só os teus lábios me abrandam
só os teus beijos me calam
Pedro Guilherme-Moreira
Oi Guida, gostei imensamente do poema desse desconhecido para mim. Gostei também das referências ao Vinicius de quem lembrei semana passada. Dê uma olhada no meu blog http://silolirico.blogspot.com.br/2016/10/marcos-vinicius-de-moraes-o-grande-poeta.html Ele está para o Brasil assim como Fernando para Portugal. Meu abraço fraterno. Laerte (Silo).
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