Eu, Rosie, eu se falasse, eu dir-te-ia
Que partout, everywhere, em toda a parte,
A vida égale, idêntica, the same,
É sempre um esforço inútil,
Um voo cego a nada.
Mas dancemos, dancemos
Já que temos a valsa começada
E o Nada
Deve acabar-se também,
Como todas as coisas.
Tu pensas
Nas vantagens imensas
Dum par
Que paga sem falar;
Eu nauseado e grogue,
Eu penso, vê lá bem,
Em Arles e na orelha de Van Gogh …
E assim entre o que eu penso e o que tu sentes
A ponte que nos une – é estar ausentes.
Reinaldo Ferreira