Van Gogh, noite estrelada sobre o Ródano |
A tua mão nas minhas conversando
junto à claridade ténue de setembro
O espelho da minha face deslizando
preso da tua boca receosa Lembro
dos teus lábios o tempo agonizando
pela espera No teu regaço soçobro
como palavras de velhos meditando
sobre o desejo porquê seu malogro
e perda Recolhe na tua dor a minha
pelo desvão da angústia esgotamos
a morte que em silêncio se avizinha
Quem coração não poupa sabe dar?
Vamos carregando enganos?Vamos
Mas morte não Ela não pode amar
P. M. Carregã
Retirado do blog Poesia em Ouviescrito